NORMA LUCIA

O meu primeiro professor foi o meu pai (homem "moderno" para a época em que viveu), que me alfabetizou em casa, nas manchetes dos jornais Diário de Notícias (da rede dos associados de Chateaubriand) e A Tarde, de Salvador. Eu tinha 4 anos de idade.
Logo a seguir fui à escola oficial. E a minha primeira professora foi Rita de Cássia. Garota de 18 anos, descendente de italianos, baixinha, branca de cabelos negros e lindos olhos azuis. A típica adolescente de Hollywood dos anos 50 do século passado, igualzinha às que a indústria do cinema "apresentou" ao mundo, sugerindo o "perfeito" modelo de vida americano..., mas isso aconteceu em Jequié, interior da Bahia, onde o cinema era prioridade no nosso currículo de entretenimento.
Esse imaginário hollywoodiano perseguia os meus sonhos infantis, porque o belo, que muito me atraía, eu estava aprendendo a ver também nesses filmes, através de lindas estampas, seja na harmonia de traços de lindos seres humanos ou de ambientes, e isso me levou a ter uma experiência bem agradável com a minha professora.
Nunca a chamei de professora, apenas Rita.
Nunca sofri reprimendas na escola, época em que corria solta a famigerada palmatória e os castigos atrás da porta... de quem é a responsabilidade? do meu pai? minha? sei lá...
Sem patrulhamento do politicamente correto, sei que tenho lindas lembranças da primeira professora, assim como de As neves do Kilimanjaro.
Sem saudô, nem retrô, apenas uma "discípula" de Chatô.
Quem subé...morre!!!

Marcadores:

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial